Viva o presente! Não se paralise no passado!

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Tudo o que alguém fez para você no passado não tem poder sobre o presente. Só você lhe pode dar esse poder.” (Oprah).

A mudança é algo que se faz constante na vida de todas as pessoas. Tudo na vida é completamente mutável. Tudo vai e vem. O que verdadeiramente permanece imutável é o nosso passado. Este, o passado, é algo que está encerrado, terminado, completo e já não faz parte da existência atual. Palavras que são ditas, comportamentos e atitudes que são realizadas, oportunidades ignoradas…, são coisas que em nenhum momento teremos novamente e tampouco da mesma maneira. É impossível voltas atrás; voltar no tempo para apagar falhas que cometemos ou mesmo proteger-nos do sofrimento que sentimos no passado.

Todas as pessoas têm consciência disso. Contudo, muitos de nós lamentamos e sofremos ainda hoje, desejando avidamente termos a chance de retornar e fazer tudo da maneira correta. Por que isso ocorre?

Deixar as coisas irem embora é algo extremamente difícil. Isso ocorre especialmente nos momentos em que vivemos algum problema afetivo. Todas as pessoas que vivenciam a separação ou mesmo a perda de um parceiro sentem mágoa, ressentimento. Um relacionamento normalmente é constituído de promessas e perspectivas que eventualmente não são atingidas. Com isso, a pessoa se vê em um completo vazio, se sentindo desiludida e atormentada. Inicialmente, esse comportamento nada mais é que um mecanismo de defesa, visando diminuir a dor. Porém, se deixamos que a tristeza e desilusão nos tome o prazer da vida, somos obrigados a tê-las conosco durante muito tempo, e isso é muito danoso, inclusive podendo desencadear transtornos psicológicos como depressão, fobias, insônias, ansiedade, entre outros. Constatar que é possível aprender com o passado é excepcional, mas viver com ele ou mesmo dependente dele é excessivamente prejudicial.

A grande questão é que muitas pessoas sofreram e ainda sofrem com algo que ocorreu no passado. Isso faz com que a pessoa se sinta infeliz. Evitar se misturar ao seu passado e aos sentimentos que ele gerou, na época, pode fazer com que você se sinta mais tranquilo e feliz. Modificar o que aconteceu é impossível. Mas mudar a sua interpretação acerca de seu passado, você pode e deve fazer, desde que verdadeiramente deseje. O seu passado e aquilo que sente acerca dele, são coisas diferentes.

Por isso, se fundir aos acontecimentos do passado e, concomitantemente, aos sentimentos de angústia que ele gerou, é algo muito ruim, já que isso gera uma força altamente incapacitante, que lhe aprisiona ao tempo, lhe cristalizando nos sentimentos que foram gerados naquela altura e que transporta agora, julgando “ser” aquilo que sente e lhe aconteceu. Esse é um grande erro de raciocínio, que faz com que soframos desnecessariamente. Acreditar que é possível sair dessa situação é o diferencial.

Investir no conhecimento  das suas emoções é de extrema importância. Conhecê-las e saber lidar com elas torna-se numa vantagem para a vida de cada um de nós.

Você já parou para pensar que seu passado pode lhe ensinar lições para o resto de sua vida? Para que isso ocorra, é preciso de muita força de vontade e coragem, pois é básico que você aceite o fato que, em alguns momentos, agiu de uma forma que não foi bem sucedida, muitas vezes impensada, e que pode ter comprometido não somente você, mas outras pessoas, pessoas estas que você ama e que valoriza. Você pode ainda ter sido a vítima de alguma injustiça. Constatar o que foi ruim é analisar que a vida tem altos e baixos, e que erros têm consequências negativas. Todavia, se fazer de vítima e se condenar pelas falhas não resolverá nada, em absoluto.

Aceitar a realidade dos fatos e tentar modificar aquilo que se sente são capacidades humanas. Ainda que seja difícil, opte por aquilo que quer. Se optar por mudar aquilo que sente para aquilo que quer sentir, certamente será possível. Você é o único responsável por fazer escolhas que lhe favoreçam. O que ocorreu em seu passado só afetará a sua vida no presente se você permitir que isso ocorra.

Certamente, não é simples superar momentos ruins que vivenciamos, mas é bastante compensador. É triste, mas acontecimentos desagradáveis no passado fazem parte da vida de todos nós. Deixar para trás o que passou e viver o presente é um privilégio que trará saúde e bem estar para a sua vida!

A força da palavra!

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Se você persistir em falar e em pensar sobre prosperidade e êxito, não haverá forças no céu ou na terra que impedirão que você seja bem sucedido.” (Catherine Ponder). O poder de comunicação, que é algo latente nos seres humanos, é sem dúvida uma das habilidades mais importantes para a convivência social. Entender e ser compreendido, através da verbalização de palavras, é uma capacidade ímpar das pessoas.

Sendo assim, é interessante pensar que a fala tem uma impressionante competência de levantar ou derrubar, agradar ou desagradar, trazer para perto ou afastar, emocionar ou irritar.

Em cada ocasião de nossa vida, estruturamos nossas perspectivas através da consciência do que somos, temos e o que desejamos ser e ter. Os estados de consciência são criados pela mente, sendo o pensamento a gênese de toda a criação. Quando verbalizamos algo, fazemos com que o processo criativo seja executado em nossa psiquê de maneira inconsciente.

É curioso como pessoas alegres, gratas e que exprimem esse contentamento em suas palavras têm mais êxito do que os sujeitos que reclamam incessantemente de suas vidas. Observe que as pessoas que se dão bem na vida, mantêm assuntos mais suaves e gostosos de serem debatidos. Ou seja, essas pessoas são focadas em algo construtivo. Não se prender intensamente nos problemas e tentar sempre reconhecer o lado bom de cada acontecimento é a chave para essa questão. O grau de importância que cada indivíduo dá aos episódios positivos e negativos é o que difere a pessoa de bem com a vida da pessoa rancorosa. Os obstáculos fazem parte do caminho de todos, já que um dos grandes regozijos da vida está na arte da superação. A diferença está em deixar de se concentrar nos problemas e concentrar o foco nas soluções. Desse modo, discretamente o universo atuará a seu favor.

Faz-se necessário afirmar ainda que a palavra não é independente. Ela vem sempre agregada ao tom da voz, a emoção colocada, a respiração, ao olhar, aos gestos, entre outros. E quando ela é falada em sintonia com tudo isso, vem carregada de uma força muito grande, tanto para o bem quanto para o mal.

É típico que, em muitos momentos, reconheçamos pontos positivos em um momento, como achar determinada pessoa bonita, inteligente ou mesmo com uma atitude digna de um elogio, e nada falemos. Para que deixar tudo isso no pensamento? Elogiar o que você considera que mereça, é uma atitude extremamente saudável, tanto par quem elogia quanto para quem é elogiado. No entanto, para que isso realmente seja saudável, é fundamental que o elogio seja autêntico, verdadeiro.

Em suma, use a palavra da melhor maneira possível para fazer a sua vida e a de quem passa pelo seu caminho, mais alegre, divertida, feliz e cheia de saúde!

Sonhar é preciso!

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Ter metas, planos, sonhos, é algo que de deveria fazer parte de todo ser humano. As metas de vida são as grandes responsáveis pelo nosso movimento. Idealizar objetivos é uma grande capacidade que o nosso cérebro tem em projetar nossas ideias. “Enquanto o homem não souber para que ponto quer ir, nenhum vento será vento certo.” Sêneca. Infelizmente, existem muitas pessoas que não traçam qualquer planejamento de vida e tampouco grandes objetivos aos quais pretende se dedicar. Ter sonhos é muito importante!

O que tem ocorrido frequentemente na atualidade, são buscas temporárias e individualizadas, enraizadas em uma cultura materialista e capitalista. O conceito da modernidade é se autossatisfazer a todo custo, mesmo que para isso eu tenha que passar por cima dos sonhos de outras pessoas. Aparentemente, essa busca é interminável. E o mais trágico é que essa preocupação individual tem ocorrido em todas as classes sociais. Isso pode ser constado, por exemplo, em países desenvolvidos como os Estados Unidos, em que tanto as taxas de homicídio quando suicídio são elevadíssimas. Isso ocorre devido a perda de sentido para a vida.

Por vivermos em sociedade, satisfazer somente as metas individuais não nos satisfará completamente. Pensar no bem estar do nosso meio pode trazer ótimas consequências para nós mesmos.

Somos livres para fazer escolhas; temos livre arbítrio! A vida que levamos é uma escolha pessoal. Estabelecer objetivos claros e lutar para concretizá-los é a chave principal! Ter disposição para ir além! A disposição inicial com a qual foi lançado o objetivo deve ser mantida até sua conclusão. Para tal, é fundamental que você se lembre por qual motivo você lançou tal objetivo. Isso faz com que sempre foquemos na nossa disposição inicial e, assim, não surja vontade de desistir. Durante o processo de chegada ao objetivo, é comum que nos sintamos em alguns momentos preguiçosos, melancólicos e até mesmo desanimados. Esses sentimentos fazem parte do ser humano. Porém, nesses momentos temos que reconhecer que podemos alcançar a vitória e não dar força aos sentimentos negativos. Todos nós podemos conseguir! Temos que acreditar que somos capazes!

Os obstáculos também fazem parte da vida. Eles sempre vão aparecer. Até nesse momento, nós temos que visualizar o lado positivo do problema. O obstáculo testará nosso grau de determinação, você jé pensou nisso? Independente do que acontecer, não devemos desistir de nossos sonhos. Perder eventualmente faz parte da vida. O que não deve acontecer é a acomodação com perdas constantes. O vencedor real é aquele que, quando compreende que está perdendo, recorre a uma nova decisão, ergue-se e evidencia toda a sua potência! O seu sonho é o cume da montanha! Se você se dispersar, não focar e se preocupar com as barreiras do caminho, você não enxergará seu objetivo final.

Com o seu sonho em mente, siga-o, abrace-o, acaricie-o, conforte-o, comece a vivê-lo.  Alimente essa pequena sementinha que pode se tornar uma árvore majestosa, com fortes raízes. Comece das coisas pequenas. Desse modo, você ficará mais perto de tornar o seu sonho realidade.

Como lidar com as perdas?

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Assistindo ao noticiário ontem, deparei-me com uma triste notícia: a tragédia ocorrido no Centro de Santa Maria, Rio Grande do Sul, em que centenas de pessoas faleceram. Então, surgiu a seguinte questão em meus pensamentos: quem de nós já não viveu uma situação de perda na vida? Com certeza, todos já passamos por situações assim. As perdas podem ser de variados tipos, como o falecimento de um ente querido, por separação, por uma desavença, dentre tantos outros. Há também outros tipos de perda, que são tão ou mais dolorosos que os anteriormente mencionados: perda da saúde, perda do emprego, perda do funcionamento de algum órgão do corpo, perda de um animal de estimação, perda da liberdade, perda de um objeto de estimação, perda da identidade, perda da fé, etc. A perda ocorre para todos os seres humanos. Perder faz parte do ciclo normal da vida.

Como lidamos com a perda? Este é um assunto que muitas pessoas tentam evitar, mas é algo que temos que encarar algum dia. Por isso, é sempre válido refletir… As perdas que ocorrem na vida são inúmeras. É comum que fiquemos tristes e que, conscientemente, em algumas situações não reconheçamos que a origem desse abatimento seja uma perda, seja de algo ou alguém.

Você sabia que assim que nascemos já estamos perdendo algo? É isso mesmo. Ao nascer, deixamos de ocupar aquele lugarzinho acolhedor e protetor que é o útero materno. Por isso, é fundamental romper o cordão umbilical com a figura materna para que a vida tenha continuidade.

Cada pessoa lida com a perda de uma maneira peculiar: alguns reprimem, outros seguem a vida e aparentam estarem muito bem. Outros ainda questionam os motivos da perda, querendo colocar lógica e/ou motivo. Há também os práticos, que mesmo diante da perda não param de agir. Outros se prendem no “e se…”, ou “como eu queria…”, “como eu gostaria de…”, “eu ia…”. Paralisados em um momento anterior (longínquo ou não) que faria toda diferença. Todas essas são maneiras de conviver com a perda.

A perda, que faz parte da vida desde o nascimento, faz com que reflitamos: só podemos viver, progredir, conquistar o mundo na medida em que abandonamos determinados lugares, determinadas situações, determinadas pessoas, determinados princípios e conceitos.

Ser livre é uma conquista que ocorre à medida que ocorre o enfrentamento de situações atuais e o desligamento de situações que causam incômodo. É um fato que não podemos estar em dois lugares ao mesmo tempo. Por isso, é importante o abandono de um lugar para a ocupação do outro. Em resumo: perdemos algumas coisas para podermos conquistar outras!

Pensar que, para cada perda, há sempre um ganho, é algo extremamente motivador. Nada é eterno! Felizmente, tudo é passageiro. A vida moderna faz com que nos apeguemos a tudo com muita intensidade. Não gostamos quando temos que nos separar delas. É penoso, causa sofrimento. É inevitável a separação. O apego é uma característica normal do ser humano. Enquanto nos desenvolvemos como pessoas, buscamos avidamente nos libertar dos apegos que fazem com que soframos.

Não pense que se apegar é algo ruim. Pelo contrário: amar e ser amado, querer bem e ser querido bem, nos apegamos, são situações positivas. Contudo, isso deve acontecer de maneira equilibrada.

Então, por que sofremos tanto diante de uma perda? Há um processo na Psicologia que nomeamos de enlutamento, que pode ser definido como uma série de reações que são normais diante de qualquer perda que sofremos. De acordo com o psicólogo José Paulo da Fonseca, esses são os momentos do enlutamento:

1) Choque: é o abalo , o desespero e atordoamento, entorpecimento, confusão que nos acomete ao receber uma notícia de perda. Daí podemos reagir com apatia ou com agitação.

2) Negação: é a descrença na notícia ou no fato. A pessoa não acredita no que aconteceu. Trata-se, aqui, de uma defesa psicológica para fortalecimento da pessoa para ela poder dar continuidade.

3) Ambivalência: é a dúvida que a pessoa fica entre a aceitação e a não aceitação da notícia ou do fato.

4) Revolta: aqui a pessoa já acreditou na notícia ou no fato e fica revoltada com a situação, com as pessoas e até mesmo com Deus.

5) Barganha: é uma tentativa de conseguir de volta aquilo que foi perdido. Geralmente esta reação é dirigida a Deus.

6) Depressão: é uma profunda tristeza, que varia de acordo com o tipo e intensidade de apego que a gente tem com a pessoa ou situação de perda.

7) Aceitação e Adaptação: é quando a pessoa percebe que não tem mais jeito, que ocorreu mesmo a perda e a vida precisa continuar.

Sempre que perdemos algo ou alguém valoroso a nós, passamos por todas essas etapas. Caso a pessoa não se permita vivenciar uma parte desse processo, está se manifestará de uma maneira danosa, como a psicossomatização, por exemplo. (Psicossomatização é uma reação temporária provocada por um acontecimento muito forte na vida do indivíduo e que o tenha deixado em estado de choque, ao ponto do organismo preparar uma resposta orgânica simbólica, ou seja, adoecer).

Aceitar o tempo de sorrir e o tempo de chorar é fundamental. Negar a dor é ruim. É o mesmo que negar a própria vida. A dor é passageira. O sofrimento tem cura.

O que realmente fica é a primeira impressão?

 

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Certamente, você já viu uma pessoa e, de imediato, imaginou as características da personalidade da mesma. Arrogante? Confiável? Simpática? É bem possível também que você já tenha dito “que o seu santo não bateu com o da pessoa”, mesmo que não tenha sequer conversado com ela. E, ao conhecer essa pessoa, você acaba se surpreendendo positivamente, constatando que você estava completamente enganado.

Em um primeiro encontro com um determinado sujeito, é típico que tenhamos como base características particulares do outro, como aparência física, roupa, voz, expressão, algumas atitudes. E quando consideramos essas características, podemos ou não nos identificar com ele, mesmo que o conhecendo superficialmente.

A psiquê humana realizava esse tipo de escolha. Esta tenta enquadrar o que é novo em algo anteriormente conhecido. Isso pode ocorrer com qualquer novidade, seja ela um objeto, uma situação, um lugar ou mesmo uma pessoa.

A primeira impressão é formada, desse modo, através da nossa busca no outro, até então desconhecido, de alguma característica que nos pareça familiar. Resumidamente, buscamos no outro algo que se relacione com nossas vivências anteriores. Qualquer característica pode ser utilizada nesse processo, como um jeito de falar, um comportamento, o timbre de voz, forma de se vestir, até mesmo uma religião ou cor da pele.

A psiquê realiza esse movimento de maneira automática e inconsciente em todas as pessoas. Essa é a maneira mais suave que nós encontramos para diminuir a ansiedade causada diante de uma nova experiência e, consequentemente, nos defendermos de algo que possa ser ameaçador.

Isso faz com que algo que é completamente novo, de alguma maneira se torne familiar a nós. É importante trazer à tona que, caso a associação da psiquê tenha se dado com alguma situação que nos promoveu sensações agradáveis anteriormente, a nossa primeira impressão do estranho será positiva e extremamente agradável, e logo desejaremos nos aproximar. Contudo, a recíproca é verdadeira.

Julgar as pessoas a partir de nossa primeira impressão pode ser uma grande injustiça, digna de uma atitude preconceituosa, já que conferimos a essas pessoas atitudes, personalidade e caráter que foram fantasiados por nós e baseados em experiências anteriores que nada tem a ver com os desconhecidos. Cada pessoa é única, peculiar!

Por isso, buscar uma segunda impressão é um diferencial formidável. O mais interessante e atraente nas pessoas é justamente o fato delas serem complexas e distintas. Abrir-se para conhecer o outro de maneira ampla e real para depois construir, ao longo do tempo, uma opinião real e justa a respeito da pessoa é imprescindível. Somente assim podemos decidir o nível de aproximação que desejamos ter com o outro.

Ciúmes…

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O ciúme é um dos principais responsáveis pela destruição de muitos relacionamentos afetivos, seja um namoro, noivado ou até mesmo casamento, mesmo que essa relação, aparentemente, tenha tudo para dar certo e proporcionar satisfação e bem estar a ambos os parceiros.

O ciúme normalmente surge em um impulso descontrolado, destruindo tudo o que está em sua frente. É difícil separar a ideia de ciúme da ideia de impulsividade ou impulso. Como em qualquer perturbação do espectro da Psicologia, também o ciúme possui um gradiente de nível ou intensidade de perturbação. Assim, temos desde o ciúme normal e totalmente controlado até ao ciúme patológico, absolutamente disfuncional e altamente perturbado.

Ter ciúme é algo saudável e até mesmo positivo para a relação, desde que seja dentro de determinados limites. Existem dois tipos de ciúmes: o ciúme imaginado e o ciúme percepcionado.

O ciúme imaginado nada mais é que um ciúme causado por uma visualização mental. Sendo assim, não necessariamente algo está realmente acontecendo. Nossa imaginação cria imagens que geram em nós desconfiança, insegurança e, consequentemente, ciúmes. Já o ciúme percepcionado é aquele que, quando observamos a pessoa que gostamos ter uma determinada atitude que interpretamos como de traição, em que, por exemplo, essa pessoa pode estar a falar com outra e nós interpretamos os sinais verbais e não-verbais como elementos que comprovam a sua atração sexual e o seu genuíno interesse em se envolver com aquela pessoa. Ele surge a partir de uma interpretação que realizamos de uma cena que visualizamos.

As principais emoções que são desencadeadas por uma crise de ciúmes são a raiva, que muitas vezes conduzem o sujeito a cometer violência física e mental; e o aborrecimento, que virá no nível em que analisamos a cena de ciúme. Há ainda sintomas físicos, como tensão da voz e dos músculos, gritos e insultos.

Perante um ataque de ciúmes, ficamos sem a capacidade de responder de uma forma racional. E isso certamente gera problemas para o casal e para o ciumento. O aborrecimento e a raiva, que vêm juntamente com o ciúme, é a forma humana de se proteger quando a pessoa se sente muito vulnerável, indefesa. É a maneira que o sujeito encontra de se defender.

Esta questão da vulnerabilidade, ou se quisermos fragilidade, é muito importante.

Esta fragilidade remete justamente para outra emoção que também tem o seu papel adaptativo: O medo. Por detrás da raiva e do aborrecimento está o medo. Primeiro sentimos medo, ficamos assustados, sentimo-nos vulneráveis e depois mobilizamos recursos e instalamos o aborrecimento e a raiva. O grande desafio é se libertar do medo de perder a pessoa amada.

Para reverter esse quadro, uma boa alternativa seria conversar com o parceiro e reconhecer que o ciúme existe na relação. Isso normalmente deixa o ciumento mais aliviado e confiante e a relação pode durar muito mais sem crises por motivos levianos. Não adianta querer mandar, impor o seu gosto e dizer que não autoriza. Com diálogo muitas coisas podem ser resolvidas.

Em casos patológicos de ciúme, a terapia pode ser o único recurso. Chega o momento em que o próprio ciumento busca ajuda, quando percebe que está afastando de si todas as pessoas que se preocupam com ele. Não obstante, o mais comum é o outro lado pressioná-lo a procurar tratamento.

Por isso, sempre se observe e observe seu parceiro. Isso pode alongar o tempo de sua relação e proporcionar um relacionamento saudável.

Está comendo demais???

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Está ansioso? Está comendo excessivamente por isso? Simplesmente come exageradamente sem qualquer motivo aparente? Você já ouviu falar em Binge Eating? Esse transtorno pouco popular constitui-se em uma doença do comportamento alimentar, tal como a bulimia ou mesmo a anorexia. O Binge Eating, ou Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP), tem como principal característica a ingestão excessiva de alimentos em um período delimitado de tempo (normalmente até 02 horas), seguida da sensação de perda de controle sobre o que é ou o que se come. Além disso, nesse transtorno a pessoa come descontroladamente pelo menos 02 dias por semana durante pelo menos 06 meses, e consequentemente tem uma elevação significativa de seu peso.

O que ocorre com as pessoas que vivenciam esse transtorno é que elas comem não necessariamente por sentirem fome, mas sim uma grande vontade, muitas vezes incontrolável e até mesmo inexplicável, de comer. Isso traz à pessoa com TCAP sentimentos de culpa, angústia, vergonha e até mesmo nojo de si mesma. Por isso, é extremamente comum que esses episódios aconteçam quando a pessoa está sozinha. A voracidade alimentar assemelha-se à bulimia no que respeita à elevada ingestão de alimentos mas, ao contrário desta, não é provocado o vômito nem é feito qualquer tipo de comportamento compensatório do excesso alimentar.

Os sujeitos com TCAP possuem baixa autoestima e preocupam-se demasiadamente com o peso e a forma física, mais até do que as pessoas que têm sobrepeso, mas não apresentam o transtorno. De um modo geral, as pessoas com crises de voracidade alimentar sentem-se fora de controle, perdidas num ciclo vicioso de ingestão alimentar excessiva, sentimentos de culpa e arrependimento, restrição alimentar/ dieta e nova ingestão alimentar voraz.

Assim como muitos transtornos, o Binge Eating pode ter sua gênese na infância, precisamente nos momentos em que a formação dos hábitos alimentares ocorre. Muitas famílias têm como perfil utilizar a comida como maneira de compensação, amor, conforto ou mesmo uma maneira de extrapolar os conflitos emocionais e o estresse.

Se você é uma pessoa que come de forma descontrolada, observe as seguintes questões: ganho rápido e repentino de peso, flutuações no peso, ingestão excessiva de comida em um curto período de tempo, independente de sentir fome, comer escondido, esconder comida para consumir quando estiver sozinho, sentimentos de culpa e vergonha durante um episódio de voracidade alimentar, descontentamento com a aparência, especialmente com o peso, baixa autoestima, não frequentar encontros sociais em locais que priorizem a alimentação, como restaurantes, bares, praças de alimentação.

Infelizmente, o TCAP ainda é pouco reconhecido como uma perturbação do comportamento alimentar e que, como tal, deve sofrer intervenção de uma equipe multidisciplinar: psicólogo, nutricionista e, em alguns casos, psiquiatra. Observe-se! Ganhe qualidade de vida!

O trabalho dignifica o homem!!!

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Como dizia Benjamin Franklin (1706 – 1790), “o trabalho dignifica o homem”. Essa frase, tão intensa e marcante, evidencia o quão relevante é o fato de trabalharmos e o quanto esse é importante não somente para nós, sujeitos, mas para a sociedade.

Em uma sociedade altamente capitalista, é possível dizer que o trabalho é o principal fator de produção de riqueza. No entanto, a importância do trabalho vai muito além do dinheiro que é recebido por este. Com o trabalho, o ser humano toma consciência de si e de seu valor. Nós construímos e transformamos nossa realidade, além de nos estabelecermos como sujeitos e, assim, nós transcendemos! Se o trabalho é o esforço físico ou mental com vistas a um determinado fim, por assim dizer, o trabalho não apenas dignifica o homem, mas também “dá sentido” à humanidade dele!

O trabalho é, certamente, um dos elementos mais gratificantes da vida, na medida em que produzimos algo que nos realiza como pessoas. É interessante pensar que todas as pessoas têm algum tipo de talento, talento este que podemos colocar a favor da execução de um trabalho. Cabe a cada pessoa descobrir e explorar ao máximo o seu potencial.

Muitos não encontram no trabalho motivação, para tirar dele o máximo de realização e gratificação. Outros até detestam. Mas o que ocorre com essas pessoas, é que elas ainda não se encontraram na vida. Não descobriram realmente a sua profissão e o que realmente gostam de fazer.

Quando há um equilíbrio entre desejo, habilidades e conhecimento, o trabalho se transforma em algo extraordinário. Quando há satisfação nos que fazemos, nos entregamos com paixão, e isso é incrível. Tendo paixão, a vitória profissional é algo totalmente natural.

Pensando nessa perspectiva, trabalhar, mesmo que seja muito, não faz nenhum mal. Pelo contrário. Trabalhar é uma atividade que, quando há envolvimento, nos traz satisfação, prazer, paz e equilíbrio psíquico, o que faz com que, consequentemente, tenhamos melhores condições físicas, além de uma vida fértil e saudável.

Quando produzimos, todo o nosso organismo funciona em harmonia, não existindo espaço para doenças ou mesmo uma desorganização orgânica. Trabalhar e se sentir bem com isso nos torna felizes, contemplados, com maior qualidade de vida e longevidade.  Em contrapartida, um trabalho estressante, que não gostamos e que executamos exclusivamente pelo salário, pode nos causar doenças orgânicas, psicológicas, além de uma tristeza profunda, que pode até mesmo encurtar a nossa vida.

Temos que viver com satisfação, pois assim garantiremos nossa saúde! Nossas emoções atuam intensivamente em nosso organismo. Se você trabalha satisfeito, emocionalmente trabalha a seu favor.

Disciplina é a lei!

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Você certamente conhece algumas pessoas que simplesmente são bem sucedidas em tudo o que fazem: profissionalmente, se mantém em ótimos relacionamentos afetivos, familiares e com amigos, praticam esportes e ainda têm tempo para cumprir tarefas ocasionais sem ao menos se estressar ou se desmotivar. Sorte? Destino? Não. O segredo para uma vida de sucesso tem um nome simples, mas nem sempre fácil de ser cumprido: disciplina.

A disciplina é uma das qualidades para a construção de uma vida que vale a pena. As pessoas de sucesso mantêm um equilíbrio entre trabalho, família, estudos e até mesmo conseguem tempo para fazer nada”, afirma o consultor de empresas Eugênio Mussak, autor de nove livros, entre eles Preciso Dizer o Que Sinto (editora Integrare). Segundo o escritor, ser disciplinado não significa ser rígido. Ao contrário do que se pensa, até para levar uma rotina com leveza é preciso disciplina. “O disciplinado é o mestre da própria vida porque ele define como seguir o seu caminho”.

Mais do que um comportamento, a disciplina é um estilo de vida. Esta harmoniza liberdade de escolha, o que faz com que você tenha controle de suas próprias ações. Para tal, é primordial o autoconhecimento. Mussak diz que “disciplina depende, acima de tudo, de se conhecer. Se você sabe das suas forças e fraquezas, é mais fácil acertar nas escolhas. E a maior de todas as liberdades é saber escolher o que é certo para você.”

O autocontrole só é atingido quando a pessoa consegue manter uma vida com disciplina. Quando você não se conhece, o que pode acontecer é se tornar um sujeito altamente manipulável, especialmente no campo emocional. Quando você se conhece, sabe diferenciar com clareza o que realmente deseja, precisa fazer ou deve aceitar.

Qual é a melhor forma de exercitar a disciplina? Não existe uma fórmula única, já que cada pessoa reagirá de maneira particular, mas uma boa orientação seria fazer escolhas que agradam a si mesmo e viver o dia-a-dia sem ultrapassar os próprios limites.

Definir o que é importante e o que é fundamental na própria vida também pode ser interessante. Por exemplo, para muitas pessoas, o trabalho é importante, mas ter saúde e viver bem com a família é fundamental. Isso fará com que você faça escolhas mais sensatas e evita, posteriormente, sentimentos de culpa.

Além disso, quanto tempo você tem se dedicado à família? A atividades regulares? Tem cuidado de sua saúde física? E de sua saúde mental? Tem praticado exercícios físicos regularmente? Tem se dedicado ao seu desenvolvimento profissional? Separa mensalmente uma parte da sua renda para um projeto futuro? A ideia é fazer com que cada uma dessas respostas seja dada da maneira mais positiva possível. Isso é um sinal claro de disciplina. Como a disciplina é uma competência, esta pode ser aprendida e treinada a partir da decisão e da persistência de cada um de nós. Em suma, quando a disciplina está presente, tudo aquilo que é planejado será executado, sem a menor dúvida.

Você está passando por um conflito em seu relacionamento?

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Brigas entre os casais infelizmente existem. Todavia, casais que brigam frequentemente podem estar vivenciando uma crise que tem sua origem em mudanças que desfazem o equilíbrio que a relação mantinha em momento anterior, ainda que este equilíbrio fosse questionável no sentindo de que um compensava uma dificuldade do outro.

A não aceitação da crítica do outro, mesmo que esta tenha como intuito apontar uma limitação minha, seja no sentido que me fala de uma insatisfação que foi causada por mim, na verdade por uma atitude minha, ocorre porque a escuta é de uma maneira incorreta, ou melhor, não a escuta, mas a compreensão que eu faço do que eu escutei.

Isso faz com que os parceiros passem a se acusar reciprocamente, além de uma tentativa de um companheiro mostrar para o outro que ele está certo e o que ele fez ou faz é bem melhor do que o que o outro faz. Isso nada mais é uma maneira de defesa encontrada por nós, defesa esta que é feita a partir de um ataque.

Comunicar ao parceiro algo que me desagrada é primordial para o bom andamento da relação. Não obstante, quando isso nunca ocorre ou quando ocorre demasiadamente, algo indevido está acontecendo no relacionamento.

Brigar a todo tempo faz com que a vida do casal fique tão ruim que o sentimento amoroso se deteriora, a ponto de chegar ao término da relação.

É fundamental saber também que se calar é tão ou pior do que falar. Falar o que não te agrada no outro, o que o outro fez que te feriu faz bem. Guardar gera mágoa, ressentimentos e doenças físicas e emocionais. As brigas podem ser resultados justamente do que foi calado ou dito e não ouvido pelo outro. Dizer e não ser considerado ou ridicularizado fere profundamente.

Se há amor, mas ao mesmo tempo não há compreensão, é comum que surjam dúvidas: a quem ele ama? Uma imagem construída, aquele que gostaria que eu fosse? O amor começa a ser questionado. O outro passa ainda a ser um adversário, alguém do qual devo me defender.

Ninguém gosta de ser criticado. E as pessoas que amamos são as pessoas das quais mais desejamos ser apreciados e elogiados. Nós não somos de todo amáveis. Nascemos incompletos, sem a mínima condição de sobreviver sem um outro que cuide de nos. É primeiramente numa relação onde está posta nossa vida em jogo que aprendemos a amar.

Isso deixa suas marcas. Dependendo destas marcas estamos mais ou menos capacitados a nos relacionar de forma a trocar com o outro sem desejar submeter o outro a vossa verdade ou se submeter à verdade do outro.

O homem se difere de outros animais por ser racional. Além disso, ele tem uma capacidade única de se relacionar, poder trocar. Isso promove crescimento emocional, amadurecimento, e ainda aprender a se confrontar com seus defeitos e do outro e escolher o que é passível e desejável transformar. É ainda aceitar que às vezes o outro ficará insatisfeito, que irá te comunicar isso e você terá que viver com esta realidade, nem tudo que faz agrada, nem aquele que você ama. Aceitar isso certamente será positivo para você e seu parceiro.