Fala-se em infertilidade quando um casal, após um ano desejando conceber um filho, mantendo relações sexuais regularmente sem o uso de nenhum contraceptivo, não consegue engravidar. Caso a mulher tenha mais de 35 (trinta e cinco) anos, o período é reduzido para 06 (seis) meses. O termo é igualmente utilizado quando há a existência de 03 (três) ou mais abortos espontâneos consecutivos.
Conforme a Organização Mundial de Saúde, entre 60 e 80 milhões de casais no mundo são inférteis. Estatísticas europeias e americanas evidenciam uma proporção de 15 a 20% de infertilidade na população em idade reprodutiva. Aparentemente, a infertilidade masculina e feminina demonstra-se semelhante.
Causas
Não é uma tarefa simples diagnosticar as causas da infertilidade. As mais comuns são problemas hormonais que dizem respeito a perturbações na ovulação e na produção de progesterona e anomalias na morfologia e contagem de espermatozóides (homens), Síndrome do Ovário Policístico, Endometriose, problemas estruturais e funcionais nas Trompas de Falópio (mulheres).
Observa-se um aumento da infertilidade nos países industrializados, visto que tem se tornado comum o adiamento da idade de concepção, a obesidade, o sedentarismo, o consumo excessivo de gorduras, tabaco, álcool e outras substâncias, produtos usados na produção alimentar, produtos de limpeza doméstica e também a poluição ambiental.
Há também os casos sem um diagnóstico conclusivo. Estima-se que pelo menos 24% dos casos de infertilidade têm causas desconhecidas e/ou não diagnosticadas. Isso ocorre quando após um ano de tentativas naturais que não geraram uma gravidez, exames e testes de diagnóstico não confirmam a presença de causas fisiológicas.
Entre os casos cujo diagnóstico não é conclusivo, podem existir causas contextuais, biológicas e ambientais que não foram identificadas pelos médicos, dificuldade em identificar o período ovulatório, fatores emocionais e também psicológicos.
Corpo e mente: uma rede
Uma diversidade de estudos revela que fatores psicológicos têm um impacto considerável no funcionamento dos sistemas fisiológicos e podem estar na base de uma gama de distúrbios e desequilíbrios. Um exemplo disso é que elevados níveis de estresse impactam no sistema hormonal, que por consequência interfere na ovulação e pode resultar na dificuldade em conceber de maneira natural. Sendo assim, um efeito em cadeia revela um conjunto de situações que causam a infertilidade. Uma prova disso é que alguns casais que absorvem bem a ideia da infertilidade e acabam adotando uma criança, acaba engravidando naturalmente pouco tempo depois.
Emoções
Para a maior parte dos casais, ter um filho é um grandioso projeto de vida. É um sonho que se torna prioritário a todo o resto. Por isso, o desgaste físico e emocional a que um casal infértil se submete, pode gerar complicadas consequências na saúde física, psicológica e conjugal. A cada mês, um ciclo de esperança é formado, mas rapidamente frustrado com a ausência da concepção.
Hipnoterapia?
A hipnoterapia clínica tem como base a ideia de que a infertilidade pode ocorrer quando as nossas necessidades físicas e emocionais não estão satisfeitas, o que faz com que a rede corpo-mente perca o equilíbrio necessário para uma concepção natural. Existem uma infinidade de fatores para esse desequilíbrio, como profissional, social, processos de luto, especialmente os relacionados a abortos anteriores, emoções e crenças distorcidas acerca de ser pai/mãe, desgaste psicológico e/ou físico.
A intervenção hipnoterapêutica inclui técnicas personalizadas e específicas para cada caso, tais como relaxamento, terapia sugestiva e imagética.
Os principais benefícios desse método são a preparação para a parentalidade; o aumento da fertilidade a partir da restauração do equilíbrio físico, psíquico e emocional; liberação de bloqueios e traumas; a lida com processos de luto, medo e expectativas; a promoção da intimidade conjugal; o aumento da autoestima e da autoconfiança; o apoio emocional durante a gestação e o apoio da tomada de decisões, seja para uma fertilização assistida ou a adoção de uma criança, se esse for o caso.