Precisamos de companhia!

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Ter uma companhia significa, ao mesmo tempo, ser companheiro. Apesar de uma constatação simples, é bem possível que você ainda não tenha parado para pensar nisso. E quando não pensamos nessa situação, nos permitimos cobrar muito nosso companheiro e praticamente não nos cobrarmos, o que faz com que esse relacionamento mais cedo ou mais tarde desmorone.

Para ter um companheiro, é fundamental que tenhamos “uma dose” de saúde psíquica, já que teremos que ter a capacidade de suportar opiniões diferentes, críticas, saber dividir, compreender opiniões diferentes, respeitar oscilações de humor, dividir tarefas, enfim, tudo o que pode acompanhar um relacionamento.

Para o nosso nascimento, foi necessária a junção de DNAs de nosso pai e de nossa mãe. Sozinhos, não conseguimos ter um filho biológico, uma busca bastante comum em algum momento de nossas vidas, pois somos seres sociais e almejamos ter companhia em todos as fases de nossas existências. É por isso que é muito mais comum pessoas desejando filhos e que por algum motivo não conseguem engravidar, do que pessoas que não desejam filhos. Quando o casal deseja intensamente ter um filho e se torna ansioso por isso, acaba não conseguindo engravidar, tamanha a ansiedade. Por isso, é igualmente comum que quando essa casal adota uma criança e se livra da ansiedade de ter um filho, este acaba engravidando.

Devemos considerar que a necessidade de ter um filho nada mais é do que a busca por uma companhia constante, mas que não necessariamente acontece com todas as pessoas, tanto que há casais que decidem não ter filhos, alegando que desejam aproveitar a vida. Caso o seu pensamento perpasse nesse contexto, é interessante considerar que um bom planejamento financeiro pode garantir uma vida tranquila e de diversões para o casal, mas que nada garante o conforto presencial do afeto dos filhos e dos netos. É óbvio que ter filhos não é uma obrigatoriedade, pois muitas pessoas conseguem viver sozinhas, e bem. Não obstante, a vida de uma pessoa sem filhos pode ser muito solitária, na medida em que amigos e parentes não a substituem, visto que cada um destes tem suas próprias famílias. A solidão existencial é algo difícil de suportar.

O cérebro é tão sensível ao carinho, que um abraço pode fazer o cérebro aumentar a liberação da ocitocina, hormônio que facilita a aproximação entre as pessoas. E é em uma família bem estruturada sobram abraços e carinhos espontaneamente. Isso dificilmente acontece em outros contextos. Isso significa ter saúde relacional, importante para a nossa tranquilidade física e psíquica. Reflita sobre isso! E viva à companhia!

Meu filho não me respeita!

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A cada dia, tem se tornado mais comum o relato de pais e mães, especialmente mães, de que os filhos simplesmente não os repeitam, por mais que sejam dadas ordens. O que está acontecendo nessas famílias?

Existem uma série de fatores que fazem com que os filhos não obedeçam. O principal deles, talvez o maior engano dos pais, é repetir o mesmo ensinamento várias vezes. Grande parte dos filhos fazem coisas que não são permitidas não por desconhecimento, mas sim por desrespeito ao que já foi ensinado. A modernidade tem feito com que os pais acreditem que a escola tem a obrigação de educar as crianças, o que faz com que o pais abram mão de disciplinar os próprios filhos. Isso nada mais é do que a grande falta de conhecimento e também comodismo por parte dos pais. À medida que os pais acreditam que a disciplina e os limites devem ser implantados pela escola, eles não se sentem no papel de educadores dos filhos e com isso simplesmente “desaprendem” essa função, tão importante para a formação do caráter e dos valores da criança. Para os pais, os filhos são para sempre. Não obstante, para a escola, os alunos são sujeitos que permanecerão na instituição por algum tempo. Quase tudo o que acontecer com os filhos, cairá sobre os pais.

Os pais modernos trabalham durante todo o dia e normalmente mantém os filhos na escola ou com parentes. Quando têm momentos com os filhos, não conseguem ter autoridade e liderança suficientes para determinar regras, o que faz com que eles se tornem repetitivos. Observo muitas mães no consultório que “mandam” o filho parar com o que está fazendo. O que essa mãe considerou como uma ordem, na verdade era uma súplica, um pedido para que o filho parasse de executar algo que ela não estava considerando positivo. Após a “ordem-súplica”, a mãe se mantinha firme olhando para o filho e esse olhar acabava por permitir que o filho lhe retrucasse. Diante disso, o comportamento natural de uma criança é implorar, contra-argumentar, insistir, fazer birra, chorar, gritar, espernear, se jogar no chão, enfim fazer de tudo para que a mãe volte atrás em sua ordem. Quando a mãe continua olhando, o filho compreende que esse olhar pode e deve ser vencido por ele.

Quando o filho insiste, ele até acata a ordem que a mãe deu, mas insiste para demovê-la. Quando o filho não acata, ele se mantém da mesma maneira que antes, ignorando a informação e agindo como se nada tivesse acontecido. A insistência da mãe em dizer não fortalece o filho a continuar em sua luta.

Sendo assim, como a mãe deve agir? A partir do momento em que a mãe deu a ordem, ela não deve dizer absolutamente nada. Deve apenas levantar-se e sair do campo do olhar do filho, para que dessa maneira, ele compreenda que ela não irá ouví-lo e que por isso ele deve obedecer. Essa não é uma tarefa simples para mães e pais que não estão acostumados com esse tipo de atitude, mas fundamental para que o filho se torne um sujeito de alto desempenho.

Hipnose: uma aliada para a minimização dos danos causados pela demência

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Em um estudo entre dois grupos de sujeitos com demência, em que um desses grupos vivenciou um processo terapêutico convencional e o outro uma intervenção com Hipnoterapia Clínica, evidenciou-se uma melhora significativa na capacidade de concentração, socialização e memória do grupo que passou pela hipnose, se comparado ao outro grupo.

Isso se deve, especialmente, ao fato de a hipnose proporcionar um grande efeito de relaxamento. Quando a pessoa com demência se sente relaxada, ela consegue lidar de maneira mais harmoniosa com a sintomatologia associada à ansiedade e humor depressivo, além de contribuir para o aumento dos níveis de motivação para lidar com as atividades de vida diária e ainda as atividades sociais. A terapia com caráter relaxante auxilia na melhoria das capacidades de memória e concentração.

Os principais sintomas da demência são a perda lenta e progressiva da memória, perda da capacidade de aprendizagem e ainda perda da capacidade de memorizar. A perda da memória envolve não somente a de curto prazo, em que fatos recentes são esquecidos, mas também a de longo prazo, onde as memórias antigas são esquecidas, assim como a capacidade de escrever, de recordar pessoas próximas, reconhecer lugares e executar atividades rotineiras, além de o indivíduo sofrer alterações no modo de ser e de interagir com as demais pessoas.

Estima-se que mais de 12 milhões  de pessoas no mundo sejam vítimas de algum tipo de demência. Essa tendência tende a aumentar a cada dia, visto que tem crescido consideravelmente o número de idosos na sociedade, que muitas vezes mantém uma rotina rígida e que estimulam pouco as habilidades cerebrais.

É um fato que a Hipnoterapia Clínica não cura a sintomatologia associada à demência. Não obstante, é verdade que essa ferramenta pode ser muito auxiliar no controle da ansiedade, no aumento da capacidade de concentração e memória e ainda para motivar o indivíduo para a socialização, diminuindo efeitos nocivos como o isolamento e a depressão, que podem acelerar o processo da demência.

Em suma, o mais importante é que foi constatado que a Hipnose Clínica pode contribuir efetivamente para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes com demência.