Que o cenário econômico brasileiro está em crise não é nenhuma novidade. A cada dia, somos bombardeados com notícias nos jornais, internet, revistas, telejornais, todos eles anunciando que fábricas estão dando férias coletivas aos funcionários para redução de custos, que empresas estão fechando e que o desemprego está a cada dia mais alto. Para complicar ainda mais a situação, volta e meia nos deparamos com pessoas pessimistas, que se apoderam da crise com tanta intensidade, que tudo o que conseguem dizer é que a situação está ruim, mas ficará pior.
A questão é que muitas vezes deixamos de considerar que por trás desses números, há famílias e com isso, pessoas, que podem estar enfrentando pequenos ou grandes dramas pessoais ou coletivos, que acabam não sendo notados por causa da repercussão que o assunto “crise” tem tomado.
Concomitante às dificuldades financeiras, surgem uma série de outros problemas que só complicam ainda mais o cenário. Para quem está enviando currículos, participando de processos seletivos e até então não encontrou um “lugar ao sol”, a sensação é de inutilidade, fracasso, tristeza e medo.
Se identificou com essa situação? Então, se permita atuar de uma maneira diferente! Seguem os passos:
1º) Você tem o direito de cair! Parece estranho, mas essa é uma realidade. Qualquer ser humano desanima em alguns momentos. Há situações em que caímos e que conseguimos nos levantar rapidamente, mas outras exigem de nós uma grande força, já que nos impulsionam para baixo. Nesses momentos, por mais que façamos força para subir, não conseguimos, pois a carga está muito pesada. Em uma situação como essa, não é indigno nem inadequado sofrer. Há horas em que precisamos fazer isso. Chorar, lamentar e ficar triste são direitos que temos. Quando colocamos para fora o que está fazendo com que nos sintamos mal, passamos a nos sentir mais fortes para voltar à luta. Atuar a todo tempo como se tudo estivesse bem é exageradamente cansativo. Por isso, em alguns momentos, temos que nos permitir entristecer, para conseguir gerir e digerir o que está acontecendo. Respeite o que está sentindo! Ouça seu corpo e os sinais que ele está fornecendo.
2º) Tempo de se reerguer! Após ter se permitido vivenciar o que estava sentindo, é hora de se dar conta do que pode ser feito para que deixe de se sentir dessa maneira. Essa é uma tarefa complexa. Por isso, não hesite em pedir ajuda, caso seja necessário. É preciso equilíbrio para encarar uma crise e o desemprego. É impossível dar bons passos se você não estiver se sentindo bem. Quando nos sentimos bem com nós mesmos, tudo se torna mais simples. Antes de procurar oportunidades de emprego, olhe para si mesmo. Converse com a família, com os amigos, divida as suas dúvidas e inquietações, descanse, mas não deixe o lazer de lado. Coma bem, leia um bom livro, passeie. Por mais que acredite que o foco deve ser a aprocura de um novo trabalho, pense que devemos encontrar a nós mesmos primeiro. Naturalmente, há um prazo lógico para se comportar dessa maneira, mas atuando assim, estaremos evitando um problema maior – a depressão.
3º) Mercado de trabalho, aí vou eu! Esse é o momento de elaborar um bom currículo, procurar oportunidades profissionais, ler classificados, realizar cadastros virtuais em vagas de emprego e tudo mais que consiga se lembrar. Você teve tempo de cair, de ficar triste, de se reencontrar e se fortalecer. Todos os “nãos” que receber a partir desse momento não terão o mesmo impacto se tiver vivenciado as duas primeiras etapas desse processo. Logicamente, essa não é uma fase fácil, mas quem explorou os seus recursos pessoais e recebeu o apoio de pessoas próximas e amigas, terá uma maior resistência à frustração de que muitas vezes se é alvo nessa fase. Naturalmente, ainda poderão existir sentimentos de revolta em alguns momentos, mas mesmo assim, é importante que se dê conta de que nada nem ninguém poderá colocar à prova o seu valor.
Deixe a crise fora de si e seja feliz!