A realidade moderna tem como um dos principais focos o individualidade. Culturalmente, aprendemos que é importante cultuarmos os nossos desejos e os nossos próprios sentimentos. Acreditamos que nos comportando dessa maneira, caminharemos rumo à felicidade.
Naturalmente, é muito importante que ocupemos um lugar de destaque em nossa vida. Quando nos amamos e nos valorizamos, as pessoas se comportam de uma maneira mais dócil conosco, nos respeitando. Não obstante, nas relações a dois, é fundamental que também enxerguemos o lado de nosso parceiro.
Nos valorizarmos não significa nos comportarmos de uma maneira egoísta. Pelo contrário: é um princípio básico que as pessoas que se respeitam, respeitem o outro, compreendendo que ele também tem desejos e sentimentos. Quando alguém se comporta de maneira egoísta conosco, nos sentimos mal, tristes e em alguns momentos até irados com essa ação. Contudo, não é uma tarefa simples reconhecer quando nós mesmos nos comportamos de uma maneira individualista.
Quando amamos, não focamos exclusivamente em nossos próprios interesses. Existe uma flexibilidade que faz com que o outro se sinta bem e isso faz com que eu me sinta feliz. Cuidar bem do cônjuge, falho, limitado, mas que eu escolhi para caminhar junto de mim, é sinal de amor e tolerância.
O amor também leva a uma alegria interior. Quando nos preocupamos com o bem-estar do cônjuge, uma satisfação interior, que não pode ser adquirida através de ações egoístas, brotam dentro de nós mesmos. Esse é o benefício de fazer o bem: toda ação tem uma reação. Se eu me comporto de uma maneira positiva, bem resolvida e feliz com minha decisão, esse bom comportamento acabará me atingindo em algum momento, mesmo que essa não seja a intenção que motivou a ação.
É bem comum que eu receba casais que se amam, mas que não conseguem se manter felizes justamente por estarem focados exclusivamente na própria satisfação ao invés de focarem também na plenitude do relacionamento. A partir do momento em que reconhecemos que o outro é importante, especial e valoroso para nossa vida, fazer com que ele se sinta feliz e acolhido se torna uma necessidade. Certamente, ele também precisa fazer a própria parte, já que a manutenação de um bom relacionamento deve ser mantida por ambos. Todavia, alguém precisa dar o pontapé inicial. Não espere que o outro se movimente em favor do relacionamento. Se esforce, tome a iniciativa e se beneficie com os resultados de seu movimento!