A família é o primeiro contato que todos nós temos com a sociedade. Por isso, o ambiente familiar é o que fará com que nos desenvolvamos física, social e mentalmente. Há algumas décadas, o pai e a mãe eram os grandes responsáveis por conduzir a criança rumo à convivência social. Não obstante, ao passar dos anos, a estrutura familiar foi se modificando, saindo de uma formação padronizada (pai, mãe e irmãos), para uma grande variedade de estruturas (pais separados, mãe/pai solteira (o), avós criando netos, entre outros), o que foi fazendo com que os sujeitos tivessem formações completamente divergentes. Na etapa de formação das crianças, o que esta aprende certamente será reproduzido naturalmente na adolescência e também na fase adulta.
Desde o nascimento, somos inseridos em uma série de conceitos, regras, crenças e valores. E é a família a instituição que forma a nossa identidade e estimula o nosso desenvolvimento psíquico e emocional. À medida que a criança se desenvolve, ela expõe tudo aquilo que absorveu.
Sendo assim, tanto as boas referências quanto as ruins, ficarão evidentes quando a criança for apresentada ao ambiente escolar. É indiscutível que a escola é a segunda instituição mais importante na vida de todas as pessoas. É nela em que nos deparamos com os grandes desafios de aprendizagem e de convivência em sociedade. Longe da família, a criança exercita sua autonomia e deixa claro todos os ensinamentos e educação que lhe foram passados.
Um dos primeiros e maiores desafios do educador é fazer com que as crianças compreendam e reconheçam o papel do professor na escola, que não é de pai ou mãe, mas sim de transmissor de conhecimentos e de disciplina. Muitas crianças compreendem com facilidade a hierarquia escolar e atendem satisfatoriamente às expectativas dos professores. Normalmente, esse grupo é incentivado pela família para agir com respeito e benevolência com os professores. Em contrapartida, outras crianças se revoltam, deixando claro que houve algum tipo de falha na educação que lhe foi passada em casa.
Devemos nos lembrar que a educação é um dever não somente do Estado, mas também da família. Isso quer dizer que um complementa o outro. Se um dos dois falha, a educação da criança também será falha. O Estado tem a obrigação de oferecer escola de qualidade, assim como a família tem o dever de educar e preparar seus filhos a conviver em coletividade. Em suma, a família e a escola formam uma equipe. Então, é imprescindível que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. Ressalta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir crianças e jovens a um futuro melhor.
O ideal é que família e a escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade.
Cada uma dessas instituições podem oferecer contribuições satisfatórias para o desenvolvimento pleno das crianças. Alguns critérios devem ser considerados como prioridade para ambas as partes. Como sugestões seguem abaixo alguns deles:
Família
• Selecionar a escola baseado em critérios que lhe garanta a confiança da forma como a escola procede diante de situações importantes;
• Dialogar com o filho o conteúdo que está vivenciando na escola;
• Cumprir as regras estabelecidas pela escola de forma consciente e espontânea;
• Deixar o filho a resolver por si só determinados problemas que venham a surgir no ambiente escolar, em especial na questão de socialização;
• Valorizar o contato com a escola, principalmente nas reuniões e entrega de resultados, podendo se informar das dificuldades apresentadas pelo seu filho, bem como seu desempenho.
Escola
• Cumprir a proposta pedagógica apresentada para os pais, sendo coerente nos procedimentos e atitudes do dia-a-dia;
• Propiciar ao aluno liberdade para manifestar-se na comunidade escolar, de forma que seja considerado como elemento principal do processo educativo;
• Receber os pais com prazer, marcando reuniões periódicas, esclarecendo o desempenho do aluno e principalmente exercendo o papel de orientadora mediante as possíveis situações que possam vir a necessitar de ajuda;
• Abrir as portas da escola para os pais, fazendo com que eles se sintam à vontade para participar de atividades culturais, esportivas, entre outras que a escola oferecer, aproximando o contato entre família-escola;
• É de extrema importância que a escola mantenha professores e recursos atualizados, propiciando uma boa administração de forma que ofereça um ensino de qualidade para seus alunos.
A parceria da família com a escola sempre será fundamental para o sucesso da educação de todo indivíduo. Portanto, pais e educadores necessitam ser grandes e fiéis companheiros nessa nobre caminhada da formação educacional do ser humano.