Em alguns momentos você tem a impressão que as pessoas não lhe dão credibilidade quando você fala um não? Então observe alguns pontos:
O maior problema que faz com que o “não” deixe de ser ouvido, é o fato de termos medo ou vergonha de expressá-lo. Se isso está acontecendo, tente observar quais as razões que fazem com que você se sinta dessa maneira e registre-as em um papel.
É muito comum que nossa mente trabalhe com a ideia de que quando dizemos “não”, corremos o risco de sermos rejeitados socialmente, ou que iremos magoar ou outro, ou ainda que somos egoístas. São inúmeras as razões que fazem com que pensemos dessa forma, especialmente a nossa educação e formação social. Ainda assim, é importante que nos manténhamos firmes, pois todos os sujeitos têm o direito de pensar, sentir e se expressar de diferentes formas. Além disso, temos o direito de evidenciar a nossa liberdade de pensamento e afirmação ao mesmo tempo em que respeitamos a perspectiva, as convicções, a liberdade e as crenças das pessoas com as quais interagimos.
Sabendo disso, que tal treinar?
Imagine uma situação em que tenha se sentido desrespeitado e experimente declarar a sua insatisfação:
Primeiro passo: Declare clara e objetivamente o comportamento do outro. Ex.: Quando você me interrompe quando estou falando…
Segundo passo: Descreva como é que o comportamento do outro afeta concretamente a sua vida ou sentimentos. Ex.: eu desconcentro-me, interrompo a minha fala e acabo perdendo a vontade de me expressar.
Terceiro passo: Descreva o que pretende. Ex.: Espere até que eu conclua a minha fala para que você se expresse.
Caso deseje, pode introduzir também um passo intermediário, “ Eu sinto…”, que deixa claro para os outros e para nós quais são os nossos sentimentos e pode minimizar mal entendidos acerca da natureza de nossos sentimentos, certamente que conforme cada situação e ambiente.
Treine primeiro em situações que tem vivenciado com mais freqüência, registrando em uma agenda as alternativas. Pode treinar também com um amigo. A partir daí, permita-se e declare seus “nãos”, respeitando você primeiramente e depois os outros.